(Crédito: Reprodução/Nubank)
O Nubank acaba de anunciar, via comunicado oficial enviado à imprensa, a nova integrante de seu Conselho de Administração: Larissa de Macedo Machado, mais conhecida como Anitta, que participará das reuniões trimestrais com os outros seis conselheiros para discutir decisões estratégicas da empresa e a melhoria dos serviços para os clientes.
No comunicado, o CEO e fundador da Nubank, David Vélez, comenta que “Anitta tem profundo conhecimento do comportamento dos consumidores nesses mercados que tem explorado e tem muita experiência em estratégias de marketing vencedoras”.
Mas que mercados são esses? A Fintech, que está à frente no número de usuários de bancos digitais do mundo, com 35 milhões no Brasil, busca crescimento em países da América Latina. Em janeiro de 2021 anunciou uma onda de investimentos de US$ 400 milhões que serão aplicados em estratégias de crescimento internacional e, mais recentemente, mais US$ 500 milhões da Berkshire Hathaway, do investidor Warren Buffett.
No Brasil desde 2013, quando foi lançada como startup, a empresa diz que já economizou mais de R$15 bilhões em tarifas para seus usuários. A aposta do Nubank em Anitta, por sua vez, além da publicidade, está ligada ao sucesso na estratégia de alcance da cantora em países da América Latina. Anitta, atualmente, é a artista brasileira de maior influência internacional, com mais de 54 milhões de seguidores no Instagram e prêmios como de Melhor Artista Feminina no Latin American Music Awards, evento que premia cantores latino-americanos.
Sendo assim, a Fintech, que está em busca de crescimento no continente e declarou que os investimentos de 2021 serão destinados à busca por novos clientes no México e na Colômbia, se alia à cantora para pensar em estratégias para alcançar esse público de acordo com a premissa principal que descreve os objetivos do banco digital, de democratizar e facilitar o acesso das pessoas aos serviços financeiros.
Além da busca por novos clientes, a preocupação com o ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), sigla em inglês que significa “ambiental, social e governança”, que trata da preocupação dos negócios em relação ao seu impacto ambiental e social, também parece ser um motivo para a escolha de Anitta para o conselho da marca, visto que é referência na comunicação com seu público, o que facilita o entendimento de suas necessidades. Além disso, Anitta, que cresceu em uma comunidade no Rio de Janeiro, diz entender a dificuldade de acesso a produtos financeiros. Com a parceria, o banco tem maior facilidade de acesso a jovens e às classes D e E, o que facilita a democratização dos serviços.
Existem riscos para a empresa em ter como conselheira uma artista de alcance global, visto que a vida pessoal, posicionamentos e possíveis polêmicas que dividem as opiniões em relação à cantora, podem influenciar na contratação dos serviços do banco por parte de possíveis clientes, porém, esse é um risco que grandes empresas correm visando melhorias em seus serviços e apostando em soluções inovadoras, como a contratação de pessoas com grande visibilidade.
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