Com o crescimento da inovação disruptiva, a inteligência artificial (IA) vem se tornando cada vez mais avançada e presente na vida das pessoas, incluindo carros autônomos, programas de assistência virtual, dispositivos para automatizar casas e até mesmo em áreas da medicina.
Porém, o avanço das tecnologias da inteligência artificial vem gerando preocupações para cientistas. Isso porque o seu desenvolvimento acarreta mudanças de grande potencial que tendem a afetar o mundo inteiro. Esses avanços vêm acontecendo de maneira tão forte que os próprios desenvolvedores das IAs estão passando por dificuldades em manter o controle.
Neste artigo, trouxemos uma visão a respeito dos avanços e as preocupações dos cientistas sobre a inteligência artificial, a partir das últimas notícias. Acompanhe!
Os avanços desenfreados
O chatGPT, Inteligência Artificial que consegue gerar conteúdo de forma automatizada, tornou-se assunto em todo o mundo nos últimos meses, muito foi questionado sobre seu impacto na sociedade e os desdobramentos que seu avanço causaria no mundo.
Hoje, tempos depois do lançamento da inteligência, lidamos com um cenário de avanço desenfreado, em que diversas empresas participam do desenvolvimento de versões mais avançadas da ferramenta. Com isso, cientistas ao redor do mundo passaram a demonstrar sua preocupação com a velocidade das mudanças que o chatGPT trouxe.
A própria empresa OpenAI, responsável pelo desenvolvimento da plataforma, manifestou sua opinião sobre o assunto, afirmando estar assustada com o desenvolvimento da tecnologia e o receio de que ela seja utilizada para desinformação em larga escala ou para ciberataques.
A carta aberta
No dia 29 de março de 2023, grandes nomes da tecnologia, como Elon Musk, juntamente a cientistas, engenheiros e especialistas das maiores empresas de tecnologia do mundo, assinaram uma carta solicitando a laboratórios de IA que parem imediatamente de trabalhar no avanço de sistemas mais poderosos que o chatGPT 4, durante o período de 6 meses.
A tomada de decisão dessa carta surgiu duas semanas após o lançamento da versão 4 do chatGPT, que está disponível apenas para assinantes e tem gerado respostas com desinformação e preconceito.
“Nos últimos meses, vimos os laboratórios de IA se lançando em uma corrida descontrolada para desenvolver e implantar mentes digitais cada vez mais poderosas que ninguém – nem mesmo seus criadores – podem entender, prever, ou controlar, de forma confiável”, diz a carta.
O documento também traz alguns questionamentos: “Os sistemas contemporâneos de IA estão se tornando competitivos em tarefas gerais, e devemos nos perguntar: iremos deixar que as máquinas inundem nossos canais de informação com propaganda e falsidade? Devemos automatizar todos os trabalhos, incluindo os satisfatórios? Deveríamos desenvolver mentes não-humanas que eventualmente nos superassem em número, fossem mais espertas, obsoletas e nos substituíssem? Devemos arriscar perder o controle de nossa civilização?”, reforçam os cientistas.
Sobre a pausa
Durante o período de 6 meses de pausa sugerido na carta, as empresas que atualmente vêm trabalhando nos avanços da Inteligência Artificial, devem dedicar o tempo ao desenvolvimento de protocolos e medidas de segurança, aplicando-as nas ferramentas.
Confira outras solicitações dos assinantes da carta:
● Responsabilização por danos provenientes da IA;
● Auxílio do governo em pesquisa técnica de segurança da IA;
● Marca d’água em conteúdos, para auxiliar na distinção do real e sintético;
● Instituir autoridades dedicadas às IAs.
Conclusão
É evidente que o avanço das tecnologias emergentes, em especial a Inteligência Artificial, traz benefícios para a rotina da sociedade. Porém, não podemos deixar de lado o caos social que esse crescimento desenfreado pode desencadear no mundo inteiro.
A Inteligência Artificial deve ser trabalhada para ser um mecanismo de auxílio à sociedade, de modo que seu crescimento não seja imprudente e descontrolado e não cause impactos negativos.
Por fim, o caminho mais esperado para essa disrupção é o desenvolvimento de mecanismos de regulamentação para IAs. Isso já aconteceu anteriormente com outras inovações, como a internet, por exemplo.
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